MINHA HISTÓRIA
Por trás das palavras
Meu nome é Sandro Carlos Rocha da Silva, sou casado com a Marina e pai de três lindas crianças, Sabrina, Miguel e Manuela a (Manu). Sou filho de Teolina Rocha e Antônio Carlos.
Meus pais não tiveram muito estudo, minha mãe sempre foi "dona de casa" e meu pai sempre arrumou um jeito de me criar, juntamente com mais outro seis irmãos. Hoje ele trabalha com construção civil, já tem uma certa idade mas continua com a mesma determinação de sempre.
Agora, acho que podemos seguir daqui, comentei um pouco sobre minha base estrutural, fator principal para nos tornar humanos, uma família.
Desde criança, eu sempre tive muita alegria em fantasiar, criatividade sempre foi uma característica muito sobressalente no meu dia-dia e isso deixava qualquer brincadeira muito mais divertida. Fui colecionador de figurinhas, bolinhas de gude, de revistinhas em quadrinhos dentre muitas outras coisas.
A cada ano que se passava eu me descobria cada vez mais. Na adolescência por exemplo, foi onde eu comecei a escolher meus estilos musicais, no início dos anos 90, o rock nacional e internacional estavam a todo vapor, e foi nessa época que comecei a montar meu repertório musical, isso me ajudou muito a me tornar no homem que sou hoje.
Os filmes e desenhos que assisti durante todo esse tempo, também tiveram um poder crucial, na formação do meu caráter e no modo como exponho minha criatividade, pois foi através deles que comecei a trilhar meu prórpio caminho como escritor. A literatura então, nem se fala, o quanto foi importante, tenho grandes nomes como referência, Machado de Assis, um escritor negro que há muito tempo teve sua imagem banalizada pelo precoceito
racial, pois nos livros, sua imagem sempre foi colocada de modo a nos fazer pensar que era um homem branco da elite brasileira, triste passado que deve ser lembrado apenas como algo que jamais deverá ser repetido.
Carlos Drummond de Andrade, um dos poetas, contistas e cronista mais importante de sua época. Cora Coralina, ou dona Ana, seu verdadeiro nome, mulher de garra e sobretudo dominadora da arte da escrita. Sua primeira publicação foi aos 76 anos de idade, apesar de já escrever desde sua adolescência.
E aqui é o ponto mais importante, principalmente o lugar exato aonde eu queria chegar com esse texto.
Quando escrevi esse texto eu estava com 38 anos de idade, e uma coisa que sempre permeou meus pensamentos foi a pergunta: O que eu quero ser na minha vida? E para ser sincero eu ainda não sei.
Eu só sei que em 2015 eu fiz meu primeiro texto, foi algo que me tocou bastante e foi inspirado no sonho de minha filha Sabrina. Criei uma história chamada "A Baleinha de Goma", e fiquei feliz em ter escrito, mostrei para algumas pessoas que amaram. No entanto ela ficou guardada por dois anos, até eu voltar a escrever novamente.
Depois desse intervalo, escrevi minha segunda história, agora "O Ursinho de Papelão", inspirada no nascimento do meu segundo filho o Miguel. Ela, se tornou minha primeira publicação. E foi a partir daí, no final de 2019 que comecei a me interessar mais pelo assunto literário, fiz pesquisas a respeito de concurso e sobre escrita. Encontrei bastante coisas pela internet, e a partir daí eu mergulhei nesse universo mágico, que me proporcionou bastante alegria..
Até o momento, eu participo de muitas antologias, participei de inúmeros concursos literários além de algumas composições musicais, e sabe o que é o melhor de tudo isso, as coisas simplesmente aconteceram, talvez por eu ter me preparado inconscientemente para tudo isso.
Agora, vejamos o lindo exemplo de dona Ana a Cora Coralina, com tantos escritos maravilhosos e só foi descoberta aos 76 nos de idade. Será que seu desejo foi ser escritora? Não sei dizer, mais uma coisa é fato, ela se tornou uma das mais brilhantes de sua época não porque falaram para ela o que ela deveria ser, ou muito menos por ter batalhado atrás disso, simplesmente ela se tornou o que sempre foi.
Então esses pensamentos que sempre rodearam minha cabeça, acabou perdendo a força, pois descobri que algumas pessoas já tem um plano traçado, sabem o que querem fazer na vida e seguem o seu propósito, outras porém, apenas continuam sua estrada sem saber muito bem para onde ir, e isso não é ruim. Cada um tem o seu tempo, cada um tem e faz a sua própria história. Então se você é como eu, já esta com certa idade e não sabe o que quer fazer ainda da vida, simplesmente viva. Crie seus filhos, trabalhe em algo que goste e principalmente siga o seu coração, com certeza é a única coisa que realmente importa nessa vida.